Esclarecimento sobre o texto "a esquerda das Arábias"
Infelizmente não recebei nenhuma crítica ao meu artigo "Considerações sobre as esquerdas das Arábias" porque o público deste blog é bem pequeno, mas como minha esperança é aumentar o número de leitores, aqui vão alguns esclarecimentos, caso algumas pessoas tenham dúvidas.
O principal objetivo do meu artigo foi criticar a postura de alguns setores de esquerda que atenuam ou justificam ações de fundamentalistas islâmicos por causa do princípio "o inimigo do meu inimigo é meu amigo". E também foram criticados alguns protestos fanáticos. Mas de forma alguma desejei defender o autor da charge sem graça ou do jornal dinamarquês. Seria absurdo retratar o confronto como sendo dos mocinhos que representam a liberdade de expressão ocidental e os bandidos sendo os muçulmanos atrasados. Sabe-se que as caricaturas não foram uma simples brincadeira irreverente. E o jornal dinamarquês não é o mártir do humor ingênuo e da liberdade de expressão, visto que se recusou a publicar charges de Jesus Cristo. Se houve um autocontrole para evitar ofensas a determinada religião, por que não fazer o mesmo com outra? Deve ser mencionado também que este jornal é abertamente de direita e faz campanha anti-imigração.
Eu seria hipócrita ao condenar qualquer tipo de humor com religiões porque quando eu participava da elaboração do zine "O Bobo", durante o colegial, teve um exemplar cuja capa era o desenho de Cristo crucificado sem o paninho. Pode ter sido uma brincadeira boba, mas não se compara com as charges de Maomé com explosivos, porque no meu zine, não foi associada uma religião a uma prática ruim.
De qualquer forma, serei sempre contra desrespeito a culturas e religiões e também a fanatismos.
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