O lado ruim de ter pinto grande
Muitos homens gostariam de ter pinto grande. Acredito que eles estão equivocados. Quem tem, sabe dos transtornos. Não sei se meu carvalho é gigantesco ou não, mas sei que tem tamanho acima da média. O leitor pode perguntar: “hmmm, como é que você sabe disso?”, ou então, “hmmm, quer dize que você se interessa por essas coisas?”. Em primeiro lugar, cheguei a esta conclusão de forma involuntária. Em segundo lugar, digo sem embaraços as fontes desta conclusão. Li em revista de consultório que a média brasileira era 12 centímetros. O meu é maior que isso. Quando vou mijar no banheiro público masculino, reparo sem intenção que na maioria das vezes os bilaus dos outros caras são menores do que o meu. E algumas garotas já disseram “que pintão!” na hora que tirei a cueca. Em terceiro lugar, nada contra homem que gosta de ver e sentir pinto, apenas não sou um deles, e não me considero nem superior, nem inferior por causa disso.
Agora que o leitor já tem algumas informações sobre a grandeza do meu lingüição, posso discutir os problemas deste dom proporcionado pelos genes paternos. O primeiro se refere à exposição da cabecinha. Como meu traseiro não é muito largo, não posso usar cuecas muito largas, senão elas ficam caindo. Mas como, portanto, minhas roupas íntimas não podem ser muito grandes, quando meu pau fica duro e levantado pra cima, a cabecinha fica pra fora, e o desconforto é enorme. Não é nada bom o contato direto entre a pontinha e a calça. A opção utilizada é guardar a vara dura virada de lado, para não se expor, mas aí surge outro problema. Uma vez torto, começa a se acostumar a crescer torto. O segundo problema está na exposição da ereção. Em certas ocasiões, quando o cacete começa a querer levantar, sua cabecinha começa a ficar nítica debaixo da roupa, e então. Isto pode se criar uma situação contrangedora para quem induziu o bastão a ficar apontado pra cima, ou então pode tornar as pessoas arrogantes.
Mas aí o leitor se indaga: por que estou escrevendo sobre o meu próprio pipi? Por que não estou escrevendo sobre política, economia, filosofia e artes? Resposta: isto é um gesto de humildade. Não pretendo enganar o leitor fingindo ter certezas em assuntos sobre os quais só tenho dúvidas. Não pretendo enganar a mim próprio com certezas cujo prazo de validade tem duração semelhante a de um frio fatiado. Não pretendo afirmar um “sim” ou um “não” em questões que exigem rios de tinta ou gigabytes para discussão, como por exemplo se os partidos e governos nacionais ainda tem papel de destaque na transformação social ou se a sociedade global só pode ser melhorada pela ação global de ONGs e movimentos sociais; se a globalização dos anos noventa é um fenômeno novo ou um mero aumento de tendências já existentes; se o filme Irreversível é fantástico ou se é um mero mau gosto, se o melhor esquema para a seleção é o 4-4-2 ou o 3-5-2. Se eu afirmo que tenho respostas prontas para estas perguntas, ou o bobo sou eu, porque acho que sei o que não sei, ou o bobo são os leitores, que acham que sei o que eu sei que eu não sei. Como ninguém é bobo, escrevo sobre os problemas relacionados ao pipi grande, porque é um assunto sobre o qual tenho certezas sinceras...
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