Brasil de Flato, o blog

quarta-feira, julho 11, 2007

Por que eu gosto de comer namorada de amigo

Difícil entender porque algumas pessoas vêem isso como tabu. Fidelidade envolve amor mútuo exclusivo, mas considerar que deve envolver sacanagem mútua exclusiva é banalizar o amor, vinculando-o exclusivamente com sacanagem.
Quando alguém não está em um bom momento com seu parceiro, mas mesmo assim o ama, prendê-lo e negar-lhe o prazer com outra pessoa mais habilitada a fornecê-lo não é a melhor forma de expressão do amor. O namoro deve ser uma relação afetiva, e não repressiva. As duas partes não podem perder a autonomia. Quando ambas têm banido o direito de buscar o prazer momentâneo em pessoas externas ao casal, a relação não fica mais estável. Pelo contrário, fica muito mais frágil, pois todos que estão em uma prisão têm um desejo de fuga, e portanto, haverá um incentivo muito grande para pular a cerca. E nessa pulada de cerca, uma simples relação de sacanagem com o outro pode se transformar em uma relação erótica. Agora, quando existe um acordo que permite ambas as partes do casal buscar apenas o prazer bimbadísdico em outras pessoas nos momentos de brouxidão (ou de viagem longa de um dos parceiros), torna-se muito mais fácil distinguiur uma relação de amor com uma mera relação de sacanagem. Um namoro, ou um casamento, não visto como uma prisão, termina sendo muito mais sólido.
Pensemos no exemplo do Primo Basílio: se Jorge, ao invés de exigir a castidade completa de Luísa no período em que ele estivesse ausente, simplesmente tivesse dito "dê pra quem você quiser, mas nada de passeios românticos, nem aquele beijo especial com champanhe", o relacionamento amoroso de Luísa com o Primo Basílio muito provavelmente não teria acontecido. Ele simplesmente teria dado uma trepadinha e ido embora.
Como a maioria de meus amigos partilha destas idéias, eu simplesmente peço educadamente a permissão para comer as suas respectivas namoradas, nos momentos em que eu tenho este desejo. Alguns permitem, outros recusam educadamente. Ninguém nunca disse "ih, olha o cara aí". Respeitando os que recusam, eu nunca peço pela segunda vez. Apenas em uma única ocasião, quando eu achei que um amigo meu não aceitaria, mas percebi que sua namorada precisava de um pouco de autonomia, eu a comi sem que ele soubesse.
Achei engraçado quando uma das namoradas de amigo disse que só fazia comigo algumas coisas, uma vez em relação com namorado, deve haver mais carinho e leveza.