40 anos: The piper at the gates of dawn
Neste ano, são muito bem lembrados os 40 anos do Sgt Peppers. Mas poucas referências foram feitas aos 40 anos de outra obra produzida nos estúdios da Abbey Road: The Piper at the gates of Dawn, o primeiro álbum do Pink Floyd lançado em 5 de agosto de 1967. É um álbum conceito, assim como o Sgt Peppers. O álbum do Pink Floyd seria algo como um irmão mais novo desconhecido do álbum dos Beatles.
O Piper não fez muito sucesso quando foi lançado. O Pink Floyd começou a ganhar mais visibilidade apenas a partir de 1971, com o Meddle, para arrebentar em 1973 com o Dark Side of the Moon e se manter no auge com Wish You Were Here, Animals e The Wall. The Piper at the Gates of Dawn, por ser basicamente inteiro do Syd Barret, que saiu da banda logo depois, é bem diferente dos sucessos do Pink Floyd dos anos 70. É do estilo psicodélico, tem músicas mais curtas, e algumas delas, como Lucifer Sam, são mais "animadinhas" do que normalmente é conhecido o Pink Floyd pelas suas obras posteriores. A única faixa longa, repleta de solos longos, é a instrumental Interstellar Overdrive. As demais são cantadas, quase todas por Syd, e tratam de astros e contos de fada. A única canção que Syd Barret não compôs foi Take up the stethoscope and walk, de Roger Waters. Foi a mais fraquinha (ou a menos boa) do álbum, assemelhando-se com um rockzinho indie atual. A única faixa conhecida dos não-conhecedores profundos de Pink Floyd é Astronomy Domine (a primeira do álbum) devido ao fato dela ter sido apresentada no Pulse.
Apesar da fase de maior sucesso do Pink Floyd ter sido os seis álbuns lançados nos anos 70, considero o The piper at the gates of dawn o terceiro melhor álbum da história da banda, atrás obviamente de Dark Side of the Moon e The Wall. E para mim, a distância do primeiro para o segundo é maior que a do segundo para o terceiro.
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